sábado, 17 de outubro de 2015

Mundial de Moto2 - Zarco, a história e os sidecars...



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Hoje eu acordei protestando. Me encanta  que um piloto como Johann Zarco chegue  a um título mundial.Ele é um campeão da velha escola e sai do estereótipo do piloto atual. Ele sente um profundo respeito pelahistória do esporte, que, pouco a pouco, está sendo perdida.

Johann Zarco não tem atividade em redes sociais, nem lhe  faz falta. Embora o uso dessas ferramentas de comunicação pareçam  inevitáveis e indispensáveis (se você não está no Twitter, Facebook ou Instagram parece que você não existe), Zarco renuncia exibicionismo da rede e prefere uma vida ao ar livre. Dizem que não assiste TV, mas isso já me custa a acreditar mais, mas eu sei que ele é um leitor de revistas de  moto, algo que, infelizmente, pouco a pouco está sendo perdido. É um piloto da velha escola, de outro estilo.

É um tipo peculiar: modesto e simples, às vezes teimoso, ele marcou o  próprio caminho saindo dos mecanismos estabelecidos pelo motociclismo atual. Ele saltou da minibike para uma moto de corrida, como fizeram na década de noventa a maioria dos pilotos, mas não entrou no ciclo clássico que foi estabelecido: ele não foi para o CEV, foi direto para o Rookies Cup,  com a pouca bagagem de uma corrida no campeonato italiano em 2006, mas ganhou a  primeira Rookies (2007).Entrou para o programa da Red Bull MotoGP Academy, mas seu personagem não se encaixva  nesse sistema de trabalho. Enquanto pilotos como Danny Kent e Jonas Folger "progrediam adequadamente", como se costuma dizer, ele parecia perdido. Gabor Talmacsi o ajudou  em 2009 e Johan conseguiu entrar na  equipe WTR e estrear no Mundial, e desde então tem continuado a crescer até hoje.


Zarco sempre trabalhou por conta própria, à  sua própria maneira. E, deixando o estereótipo tradicional a que nos acostumamos e que acreditamos ser  a maneira de fazer as coisas para prosperar no campeonato. Ele é um piloto com carácter e personalidade. Se esforça e trabalha como poucos. Um detalhe: Sempre tenta falar a língua do seu parceiro, espanhol, inglês ou  italiano além do francês pátrio, algo não visto todos os dias. É certo que o "paddock" é uma  escola multitingüistica, mas nem todo mundo é tão aberto.E o  que tem a ver o título de Zarco com o resto do enunciado do título deste artigo? O título de Zarco levou à entrada em cena de estatísticas intermináveis ​​sobre ele e o motociclismo francês. A maioria intencionalmente errônea. E este é o lugar onde entra o conceito da história e os  sidecars.


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Tem sido dito, erroneamente, que Zarco é o sexto campeão mundial que dá o motociclismo francês. Desde a página  SoyMotero.net, com toda a modéstia do mundo, temos de corrigir todos os meios de comunicação que ecoaram estes dados estatísticos errados, e na sexta-feira, quando nós publicamos um artigo sobre o motociclismo francês nos Grands Prix, observamos o  detalhe de que Zarco é o sétimo campeão  na velocidade mundial, porque todo mundo tem ignorado o título de Alain Michel (sidecars, 1990) e suas 18 vitórias, o que o torna o piloto francês de maior sucesso, muito acima de Zarco e suas oito vitórias.

Este erro foi reproduzido sem vergonha em todo o mundo,  decorre das estatísticas oficiais do campeonato, que exclui a categoria sidecars. E eu me pergunto: por quê? Será que ela não fez parte do campeonato como uma classe, entre 1949 e 1996? Todo mundo, das  50cc  aos sidecars, estiveram no memso nível e  pertenciam ao formato original  dos Grandes Prêmios. A partir de 1997, os sidecars deixaram o calendário principal, e suas vitórias não são mais contadas. E  há uma teimosia doentia em não reconhecer os seus registos até esta data.Ignorar os sidecars é ignorar a verdade. Como jornalista e estudioso da história do motociclismo, acho que é doloroso ver como os colegas, por conveniência ou ignorância simples, renunciam  a explorar a verdade.Ignorando a realidade dos sidecars estão apagando a memória coletiva. E se o jornalismo, que é o testemunho da realidade, esquece os fatos, distorce a história. Desejo-lhe, caro leitor, não incorrer esse erro.As categorias de 350, 50 e 80 desapareceram dos Grands Prix  muito antes dos sidecars, mas ainda são contbilizada. Respeitem a história. É tudo que posso dizer. Em SoyMotero.net continuamos a fazê-lo.

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Fonte: Juan Pedro de la Torre para soymotero.net

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Opinião MM: Mea culpa, embarquei na onda da página oficial da MotoGP. Tremenda falta de respeito com os sidecars, veículos tão tradicionais quanto espetaculares. bem como seus personagens, que tive a honra de entrevistar no TT da Ilha de Man em 2013.

Pardon, Monsieur Michel, perdão a todos, os títulos e vitórias dos pilotos de sidecar não podem ser esquecidos jamais.

Ao contrário, devem ser celebrados sempre, pela engenhosidade, coragem e encantamento envolvidos.

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Fausto Macieira

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