Brasileiro crê que era possível ter terminado em quarto, mas avalia que estratégia comprometeu resultado: "Acabei me prejudicando com o segundo jogo de pneus"
Massa no paddock do Autódromo Hermanos Rodríguez, palco do GP do México (Getty)
Felipe Massa definiu dessa forma sua sexta colocação e a terceira de Valtteri Bottas, companheiro de Williams, no GP do México, neste domingo: “Um resultado positivo para a equipe, mas para mim um pouco menos”. Nico Rosberg venceu a corrida disputada no Circuito Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, com seu parceiro de Mercedes e campeão do mundo, Lewis Hamilton, em segundo.
O ritmo do modelo FW37-Mercedes da Williams foi melhor ao longo das 71 voltas da prova do que os treinos livres e mesmo a classificação sugeriam. Bottas largou em sexto e Massa em sétimo. Curiosamente, o carro respondeu melhor com os pneus médios do que com os macios, os tipos distribuídos pela Pirelli na 17ª etapa do campeonato.
“Os pneus macios não funcionaram conosco. No começo da corrida eles duraram cinco voltas, depois não tinha mais os traseiros. Foi por isso que colocamos o médio na primeira e na segunda parada”, explicou Massa. Já havia ocorrido algo semelhante este ano com a Williams, no GP da Hungria.
Mesmo não usando os pneus mais rápidos, os macios, o ritmo da Williams era bom, segundo Massa. Não conseguiu o quarto lugar, por exemplo, na frente dos dois pilotos da RBR, Daniil Kvyat, quarto, e Daniel Ricciardo, quinto, não por falta de velocidade: “Acabei largando mal da saída do safety car (no fim da 57ª volta) e perdi a chance de ultrapassá- los, estavam mais lento que nós”.
Nesse momento, Bottas, quarto, largou bem e conseguiu ultrapassar Kvyat, terceiro, ainda na reta dos boxes e chegou ao pódio. E depois não foi possível para Massa porque o modelo RB11-Renault da RBR era mais rápido que o FW37-Mercedes da Williams no último setor da pista, o do estádio, impedindo Massa de iniciar a reta próximo de Ricciardo e Kvyat, apesar da maior potência da sua unidade motriz.
Ainda assim era possível para Massa, segundo explicou, terminar na frente de Kvyat e Ricciardo. “Infelizmente acabei usando um pouco mais os pneus e cheguei a pedir a equipe para parar.” Isso aconteceu pouco antes de o safety car entrar na pista na 51ª volta, em razão de Sebastian Vettel, da Ferrari, seguir direto na curva 7 e colidir na barreira de proteção. Vettel esteve irreconhecível no GP do México.
Felipe Massa acelera a Williams na pista do Hermanos Rodríguez, durante o GP do México (Foto: Getty Images)
“Se eu tivesse parado uma duas voltas antes do safety car talvez tivesse ganhado as posições com quem eu brigava àquela altura”, explicou Massa. Era exatamente com a dupla da RBR. “Marcamos pontos, a luta com a RBR continua muito boa.” Entre os construtores a Williams está em terceiro, com 243 pontos, enquanto o time austríaco, quarto, soma 172. Restam, agora, as etapas do Brasil, dia 15, e de Abu Dabi, 29.
O GP do México não teve número elevado de abandonos causados por saídas de pista, gerados pela baixa aderência do asfalto. “Já que não aconteceram muitas coisas na corrida o que tinha a fazer era manter o ritmo, mas como falei acabei me prejudicando com o segundo jogo de pneus (colocados depois do primeiro pit stop), ainda na nona volta.”
Ele se manteria com os médios até a 52ª volta, portanto os usou por 43 voltas. Sua velocidade já não era a possível para o carro naquele instante. A Williams não o chamou para o pit stop até a entrada do safety car.
Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas, companheiro de Massa, se tocam no GP do México (Foto: Divulgação)
Outra disputa nessa fase final da temporada é a pela quarta colocação no Mundial de Pilotos. Neste domingo Bottas somou importantes 15 pontos e chegou a 126. É o quarto. Kimi Raikkonen, da Ferrari, envolveu-se num acidente com Bottas, na curva 5, muito semelhante ao do GP da Rússia, e ficou de fora, na 22ª volta. Assim, manteve os 123 pontos, enquanto Massa tem 117.
“Kimi ainda está na minha frente”, lembrou Massa. Ele assistiu à disputa entre Bottas e o o finlandês da Ferrari, pois vinha logo atrás. “O que vi foi o Valtteri fazer a primeiro curva (curva 4) por fora e a segunda (5) era dele (estaria por dentro). Aí o Kimi acabou batendo nele, não foi correto mais uma vez do lado do Kimi.”
A F-1 viaja agora para o Brasil. A etapa de Interlagos está marcada para o próximo dia 15, daqui a duas semanas. Massa já venceu a prova em 2006 e 2008, esta sua última vitória na F-1, com Ferrari. “A expectativa de correr em casa é grande, a corrida é maravilhosa, emocionante, tomara a gente consiga brigar pelo pódio, tomara a gente tenha um carro competitivo lá, o que penso ser possível.”
Felipe Massa na vitória no GP do Brasil de 2006, com macacão da Ferrari em verde e amarelo (Foto: Getty Images)
Globo Esporte Por Livio Oricchio Direto da Cidade do México
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